22 de ago. de 2007

A diva gourmet


Tava fuçando na web e descobri um blog incrível sobre gastronomia. O Comidinhas da Alê Blanco. Como eu AMO cozinhar e comer, não resisti ao texto aí de baixo. Acabou sendo uma baita dica para quem gosta de comida mas não pode comer... Então aprendam com a DIVA:

Maria Callas realmente deve ter sido uma mulher incrível. A fama como cantora e como “pessoa de personalidade forte” já era há tempos conhecida. Agora, o livro “A paixão secreta de Maria Callas” acaba de revelar também seu talento gourmet.Callas era uma ótima cozinheira, passava tardes trancada na cozinha com a sogra e a cunhada divertindo-se com as panelas. Mais: ela colecionava receitas. Todos os dias recortava de jornais e revistas as receitas de que mais gostava (hábito que pretendo muito copiar), assim como costumava sair dos restaurantes mais caros e respeitados da Europa sempre com um guardanapo ou um pedacinho de papel engordurado com uma receita do prato que havia experimentado.Sim, apenas experimentado. Por que a história de Callas com a gastronomia começou com 108 kg. A diva sempre gostou de comer e era gorda. Foi obrigada a emagrecer por Luchino Visconti para que pudesse fazer a Traviata. Colocou na cabeça que não apenas emagreceria, mas queria ficar parecida com Audrey Hepburn!!! E conseguiu.Mudou então o foco gastronômico. Em vez que comer, passou a cozinhar. Preparava os pratos de que mais gostava para as pessoas que amava. E se satisfazia apenas provando. Um autocontrole absurdo.O livro “A paixão secreta de Maria Callas” conta todas as suas preferências _ a grande maioria formada por pratos italianos da região de Veneza _ , e traz as receitas. Minha preferida foi a “Torta de Batatas à Finanziera”, em que a massa da torta é feita com batatas e farinha de rosca, e o recheio é de cogumelos e frango.Mas se você ainda não se convenceu a comprar esse livro, tem ainda uma coisa pela qual ele vale muito: as imagens e ilustrações de capas de livros de receita da coleção de Callas. Dezenas deles, que vão do século 19 a até os anos 70. Foram os únicos de seus pertences que não foram leiloados, graças à cozinheira da diva que os deixou bem escondidos em suas prateleiras.

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