O maior poder de compra das mulheres, junto aos estilos de vida saudáveis, fez com que o mercado sportswear feminino tenha se tornado mais atraente. Diversas marcas seguiram o exemplo da Nike e apostaram no segmento feminino
O "girl power" está virando sinônimo de "poder de consumo", graças ao número crescente de empresas de vestuário sportswear que tentam responder às necessidades das mulheres atuais. «Muitas [das empresas de artigos esportivos para mulheres] só foram criadas recentemente», afirmou Claire Gallacher. A analista da Delmar, Caris and Company refere à lucy Activewear e a Title Nine como as pequenas líderes deste setor. «Foi a Nike que começou a visar o segmento feminino, porque viu um mercado com potencial, e as mulheres responderam», explicou Gallacher. «Agora vemos [artigos femininos] em diversos canais de distribuição, desde grandes varejistas à distribuição especializada. As mulheres gastam mais do que os homens em vestuário, por isso foi-lhes oferecida a oportunidade de vestirem um figurino rosa dos pés à cabeça, e elas fazem-no». «Embora haja uma grande opção em termos de vestuário esportivo femininos, o mercado está longe da saturação», sustentou Gallacher. «Há muitas mulheres praticando hoje ioga e pilates, atividades que não eram tão populares há 10 ou 20 anos atrás. Isto traz muitas oportunidades de marketing para tipos diferentes de vestuário feminino». Na lucy Activewear, que foi lançada em 1999, as consumidoras podem escolher entre nove pares de “Pants That Fit”, em diferentes comprimentos, cores e tamanho. Tal variedade na escolha atlética para as mulheres é um conceito novo. «No início da lucy, descobrimos que muitas das marcas líder em activewear estavam simplesmente adaptando os produtos masculinos às mulheres, reduzindo o tamanho e acrescentando uma paleta de cores mais feminina», explicou Michelle Lantow, presidente da lucy. «Nessa altura, percebemos que era preciso alguma coisa diferente». A lucy atribui algum do seu sucesso à tendência das mulheres usarem activewear no dia-a-dia, como nas compras e nas viagens. A lucy realizou um estudo em parceria com a Kelton Research, uma empresa de estudos de mercado de Los Angeles, que mostrou que 50% das mulheres entre os 18 e os 50 anos vestem regularmente activewear independentemente de irem ou não à ginástica. O estudo de Fevereiro de 2007 questionou 500 mulheres e duas em cada três afirmaram que vestuário activewear ocupa pelo menos metade do seu guarda-roupa. «Isto apenas dá sustentação a um negócio crescente, a mais marcas, a mais oportunidade e a uma maior aceitação de que as mulheres levam vidas ativas e saudáveis», argumenta Lantow. Na Amye and LuLu, uma pequena empresa de acessórios esportivos, as vendas cresceram mais de 400% desde a sua criação em 2004. «As mulheres preocupam-se com a sua aparência quando praticam esporte. O exercício tornou-se o novo local de atividade social», declarou Amye Kurson, proprietária da Amye and LuLu. «A sala de ginástica, estúdio de ioga ou pistas são o local perfeito para conhecer novas pessoas ou estar com os amigos. Não queremos usar a velha t-shirt no ginásio ou uma pólo enorme no gramado». «As mulheres vão sempre encarar o vestuário esportivo feminino da mesma forma que vão ao cabeleireiro em vez de barbeiro», afirmou Kurson. «Queremos bolsos para a garrafa de água e lugar para o batom. Os produtos unissex não conseguem corresponder a todas as nossas necessidades práticas e de estilo». E, na Nike Woman, parece que as mulheres – e os seus acessórios – governam. «Não estamos dizendo a toda a gente “sim, precisa ter estilo”, mas se parecer bem, vai sentir-se bem e vai ficar mais motivada», concluiu Kilee Highes, porta-voz da Nike Woman.
FONTE: PortugalTextil
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