30 de abr. de 2007

TODO MUNDO LÁ!


Exemplo de que as coisas estão mudando é a capa da revista W. Neste mês, a publicação estampa a foto da estrela americana America Ferrara do seriado Betty a Feia. A atriz, que é baixinha e tem curvas bem generosas, foge totalmente dos padrões das estrelas de Hollywood. Parece que está começando um novo capítulo na televisão americana. BELEZA REAL JÁ!
Quem quiser discutir o tema é só pintar lá no Iguatemi. Eu vou estar falando do assunto no debate "Abaixo a Ditadura da Perfeição!", na sexta-feira, dia 04 de maio, às 19h30min, junto à Magali Moraes e Tânia Carvalho.
O evento "Casa da Beleza - Temporada Iguatemi Porto Alegre" é uma uma iniciativa da Editora Abril, com patrocínio do Iguatemi e Albany e apoio do Hospital Moinhos de Vento e Hugo Beauty. Acontecerá entre os dias 03 e 11 de maio próximo e além de oferecer serviços de saúde e beleza, o evento contará com um ciclo de palestras e talk shows.

27 de abr. de 2007

GENIAL!!!!!


Uma campanha inglesa está incentivando as pessoas a fazerem qualquer tipo de atividade fisica por pelo menos 30 minutos ao dia. Sexo está entre os exercícios sugeridos. Se você for fão de agarramento aeróbico como eu, manda ver!

A dieta do leite


Todo mundo sabe dos benefícios do aleitamento materno. O que ninguém sabia, é que o leite materno pode determinar ou não a obesidade na idade adulta. Olha só:
Most doctors will agree that breast feeding your baby is better than giving it formula. Some doctors are going as far as to say that it could also be the difference between being overweight as an adult or not.
This has caused researched at the University of Buckingham to experiment with adding leptin, a hormone naturally found in breast milk, to baby formulas and foods.
It’s been noted that babies who are given formula grow at a quicker rate than those who receive their mother’s milk. They are also less likely to become obese later in life.
The formulas have yet to be tested on human infants, but laboratory experiments on rats have shown promising results. The offspring of rats given the hormone during pregnancy stayed slim when fed a fattening diet; the offspring of those who didn’t receive leptin gained weight and even developed diabetes.
Dr. Nick Finer says the discovery is “exciting but at the same time so scary.” He also questions the ethical component too—is it fair to test something like this on a new born?

25 de abr. de 2007

Preconceito gordo!



Tava dando uma lidinha na web.. e encontrei este texto.. achei bem providencial. Várias vezes já senti na pele o preconceito. Recebo muitos emails de meninas que sofrem preconceito. Não acho engraçado! Olhem aí:

De todas as formas de discriminação, a que ronda as mulheres gordas talvez seja a mais perversa. Atitudes racistas ou homofóbicas são publicamente condenáveis. Por outro lado, parece que não há nada de errado em fazer piadas de mau gosto sobre a aparência dessas pessoas. Diferente do negro e do gay, o gordo raramente é poupado de comentários sobre o fato de ter emagrecido ou não -como se isso fosse o equivalente a ter mudado a cor dos cabelos. O preconceito aparece em diversas situações. No caso da mulher, a gorda é 'simpática' ou, no máximo, 'tem um rosto bonito'. Se quiser andar na moda, tem que fazer roupa sob medida porque o GG não costuma freqüentar as araras dos bons estilistas. Se for disputar uma vaga de trabalho, precisa torcer para que nenhuma magra queira o mesmo posto. E, se resolver malhar na academia, vai ter que superar a incômoda sensação de que é o centro das atenções. Porque o mundo não perdoa quem está fora das medidas.

"A herança da tendência à obesidade não é diferente daquela que explica por que existem pessoas altas e outras de baixa estatura. Num mundo sedentário, com alimentos deliciosos ao alcance da mão, considerar a obesidade um problema de caráter é pura ignorância. Perder peso é empenhar-se numa batalha contra a biologia da espécie humana. Só os obstinados são capazes de vencê-la."

Drauzio Varella ('Folha de S.Paulo', em 2004)

Entenda o botox

24 de abr. de 2007


Em quanto as mulheres gastam horas pensando na fórmula do corpo perfeito, os homens fazem piada. Arnaldo, meu amigo pra lá de deitado, me passou essa piadinha fantástica do LFV!


Não pude resistir em sacanear a obsessão feminina também.
Amigas ao telefone:

- Oi, me conta como foi o encontro de ontem à noite ?

- Horrível, não sei o que aconteceu...

- Mas por que ? Não te deu nem um beijo ?

- Sim... beijar, me beijou. Mas me beijou tão forte que meu dente postiço da frente caiu e as lentes de contato verdes saltaram dos meus olhos...

- Não me diga que terminou por aí ...

- Não, claro. Depois pegou no meu rosto entre suas mãos, até que tive que pedir que não o fizesse mais, porque estava achatando o botox e me mordia os lábios como se fossem de plástico... ia explodir o meu implante de colágeno e quase sai o mega hair!!!!

- E... não tentou mais nada ?

- Sim, começou a acariciar minhas pernas e eu o detive, porque lembrei que não tive tempo para me depilar. E além do mais, me arrebatou com uma luxúria e estava me abraçando tão forte que quase ficou com minhas próteses da bunda nas suas mãos e estourou meu silicone do peito.

- E depois, que aconteceu ?

- Aí então, começou a tomar champagne no meu sapato...

- Ai, que romântico...!!!

- Romântico o cacete ! Ele quase morreu!!!

- E por que ?

- Engoliu meu corretor de joanete com a palmilha do salto...

- Nossa, que ele fez ?

- Você acredita que ele broxou e foi embora? Acho que ele é viado .

- Só pode!

(Luis Fernando Verissimo)

18 de abr. de 2007

A beleza real da comida





A mentira da imagem "maquiada" também chegou ao mundo da comida. Quando a idéia é seduzir e nos fazer desejar querer ou ser algo vale todo o tipo de recurso. Sempre bom lembrar que entre o que a imagem comunica e a realidade mostra existe uma grande distância.

É impressionante: www.thewvsr.com/adsvsreality.htm

Mulheres reais


Muito bacana o site do banco Real sobre este tema.
Passo o link. Entrem, cadastrem-se e divirtam-se.
www.mulherreal.com.br

Corrida contra o tempo ou a favor?

Para grande parte das mulheres, correr contra o tempo não signfica mais apenas se atirar em ginásticas, dietas e cirurgias que cumpram a promessa da "eterna" juventude. Correr contra o tempo hoje também virou sinônimo de fazer o maior número de coisas possíveis s simultâneamente. A vida contemporânea não está mais dando espaço para que sejamos integrais. O full time não é mais um conceito válido. Ninguém é mais full time nada. Nem mulher, nem mãe, nem profissional. Segura essa: quem é tudo ou quer tudo, acaba com praticamente nada. Vale pensar um jeito de fazer o tempo correr a favor de nós, não vale?


17 de abr. de 2007

Os ricos da busca da Beleza



Aposto que se você como eu assitiu a matéria sobre Metacril (PMMA) no Fantástico do último domingo, deve ter ficado apavorada com o que as mulheres se submetem em busca da tão sonhada beleza. Como a coisa foi de pasmar - cegueira, deformidades etc e tal, resolvi buscar no G1 mais informações sobre os riscos dos tratamentos de beleza. Olha só:

Ficar mais bonita ou mais bonito não é fácil. Os médicos alertam que, além de escolher cuidadosamente o tratamento estético a que você vai se submeter, é necessário verificar as condições da clínica e a qualificação do profissional que vai realizar o atendimento."Todo procedimento médico tem efeito colateral. O profissional deve orientar corretamente o paciente para minimizar os danos", diz o endocrinologista Wilmar Accursio, da Sociedade Brasileira de Medicina Estética.

Desde o mês passado, casos graves de mulheres que se submeteram a tratamentos de beleza e não tiveram o resultado desejado vieram à tona. Em Goiás, uma dona-de-casa morreu depois de fazer uma escova progressiva (procedimento usado para alisar os cabelos). A polícia investiga se houve reação alérgica ou intoxicação. No Rio, uma mulher teve queimaduras graves após passar por sessões de bronzeamento artificial e outra aguarda análise do seu caso na Justiça: ela alega que teve lesões na perna por causa de uma depilação a laser.

No domingo (15), o "Fantástico", da TV Globo, mostrou os riscos da bioplastia, uma técnica de preenchimento usada em diversas clínicas de estética. A aposentada Iveta Maria Rebello da Costa realizou o tratamento e ficou cega. O G1 conversou com especialistas para saber os cuidados que devem ser tomados nos tratamentos. O primeiro passo é verificar se há acompanhamento médico e se o profissional é recomendado por pacientes e pela sociedade que agrega os especialistas de sua categoria. Confira outras dicas:

- Produtos proibidos
O endrocrinologista Wilmar Accursio diz que as pessoas devem questionar os profissionais e não usar produtos proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como o formol em alta concentração e o silicone líqüido. "Cada procedimento estético tem o produto certo para ser usado. Produtos proibidos podem causar até a morte das pacientes", afirma. O formol geralmente é usado por cabeleireiros, que misturam o produto a cremes de alisamento. De acordo com a Anvisa, "o formol é uma solução de formaldeído, matéria-prima com uso permitido em cosméticos nas funções de conservante (limite máximo de uso permitido 0,2% - Resolução 162/01) e como agente endurecedor de unhas (limite máximo de uso permitido 5% - Resolução 79/00 Anexo V)". Acima desses percentuais, o formol é proibido. A assessoria da agência informa que o formol causa queimaduras nas vias respiratórias, irritação nos olhos e é cancerígeno. Se quiser alisar os cabelos sem riscos, a dica do dermatologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cabelo, é usar produtos à base de tioglicolato, guanidina e amônia.

- Tratamentos para rejuvenescer
O endocrinologista Accursio destaca que o silicone líqüido não deve ser aplicado diretamente no paciente. "Se existe uma cápsula de silicone que pode ser colocada sem risco nas nádegas ou seios, por que usar produtos que são perigosos?", questiona.
Outro produto que, segundo ele, é muito perigoso é o polimetilmetacrilato, que é derivado do plástico e usado na bioplastia. "O polimetilmetacrilato deve ser usado em pequenas quantidades e nos locais corretos", comenta. "Se colocado no lugar errado, pode escorrer. Há pessoas que aplicaram o produto no nariz e o líqüido escorreu até a mandíbula, provocando uma deformidade."
O polimetilmetacrilato é usado no preenchimento de depressões na maçã do rosto ou no chamado "bigode chinês" (ao lado da boca), por exemplo. Já o botox tem o objetivo de "congelar os movimentos", segundo Accursio. Segundo a dermatologista Lígia Kogos, é necessário verificar se a toxina usada no procedimento é regulamentada. "Se o botox é feito de maneira errada, pode causar estrabismo, perda de visão, paralisação dos movimentos da face, entre outros problemas. "Outro tratamento comum para quem quer parecer mais jovem é a aplicação de fios de sustentação. "São fios de plástico sintético que possuem 'garrinhas' e levantam a pele", explica Accursio. "O paciente tem que verificar a procedência desse fio e só realizar a aplicação com profissionais recomendados."

- Tratamentos de pele
Quem estiver interessado em fazer peeling também deve ter cuidados extras. "Se o tratamento é mais agressivo, não deve ser feito por esteticistas e sim por médicos", diz Lígia Kogos. "O profissional deve ter uma 'mão leve' para evitar machucar a pele. Além disso, o paciente tem que ser orientado corretamente a evitar exposição ao sol e outros cuidados." Em relação à máquina de bronzeamento artificial, os especialistas consultados pelo G1 dizem que é necessário verificar se existe um médico responsável pelo atendimento. A máquina deve ser regulada para evitar que a temperatura fique muito alta. "O ideal é tomar sol natural, no início da manhã ou fim da tarde", diz Accursio. "Mas, se você quiser entrar na máquina de bronzeamento, procure pedir sempre a menor intensidade e use filtro solar." Lígia Kogos afirma que deve haver um intervalo de pelo menos 48 horas entre a primeira e a segunda sessão e que o médico deve ter uma ficha de acompanhamento do cliente. "Essa ficha tem que ter todas as informações sobre o tempo em que a pessoa fica na máquina, a intensidade do bronzeamento e se sofreu reação", comenta. Para quem quer evitar riscos, a saída é usar sprays e cremes de bronzeamento. Para Lígia Kogos, "ninguém deve se privar dos benefícios dos tratamentos estéticos" por causa dos riscos. "É preciso tomar os cuidados necessários, procurar clínicas e profissionais responsáveis", diz.

Quem disse que você não pode ser bonita?

16 de abr. de 2007

Amores complicados escolha ou destino?


Repensando, repensando, ando... Ando fraca de tanto amar e de tanto tentar achar respostas para as perguntas que não fiz quando deveria ter feito. O que nos completa? O que o outro tem que nos atrai? Porque erramos se só queremos acertar? Porque amamos o que não vale ? Qual a pena que vamos ter de pagar pelas escolhas erradas que fazemos nesta vida?


Sempre gostei de uma música da Elis que falava do medo de amar. A batida marcada embalava os pensamentos e me fazia viajar.

"O medo de amar é o medo de ser livre para o que der e vier, livre para sempre estar onde o justo estiver. O medo de escolher com acerto e precisão a melhor direção."

Auto-estima está totalmente relacionada com as nossas escolhas afetivas. Cair ou não numa cilada depende de como nos vemos e nos posicionamos. Só temos o amor que merecemos. Então, olhe pra dentro e enxergue o seu.


Procurando textos na web sobre os amores possíveis, descobri este de Jael Coaracy.. achei bem pertinente:


Existem pessoas que, por mais que tentem e prometam que da próxima vez será diferente, acabam se envolvendo sempre em amores complicados. São pessoas que vivem a paixão por um tempo, mas acabam chorando no travesseiro as mágoas de uma relação que costuma deixar atrás de si más recordações e destruição.É como se essas pessoas possuíssem um radar que identifica, através da aparência mais normal e desejável, aquela pessoa que logo se transformará numa decepção terrível. A história se repete, como uma novela em que mudam os nomes e os perfis dos personagens, mas a trama continua a mesma.Atrair pessoas complicadas não é um privilégio de homens nem de mulheres e pode acontecer desde à adolescência até a idade mais avançada. Quem vive esse padrão de relacionamento acostuma-se a suportar torpedos que minam a autoestima de qualquer um e desafiam a capacidade de tolerar decepções.“Por mais estranho que pareça, as pessoas que atraímos não são pessoas “erradas”, como se costuma pensar, mas as pessoas certas para possamos trabalhar dentro de nós aspectos da afetividade que não ficaram bem resolvidos”, diz a terapeuta Águida Nozari, psicóloga pós-graduada em psicoterapia breve.Em vez de se colocar no lugar da vítima que lamenta a falta de sorte e se sente traída pelo destino, para mudar este quadro e acabar com os amores difíceis, é preciso mudar de atitude. É fundamental abrir-se para um confronto honesto consigo próprio(a), a fim de compreender as razões que o(a) levam a escolher a dedo os(as) parceiros(as) inadequados.A auto-estima como um leme Pessoas que não possuem uma boa auto-imagem, que não se acham merecedoras de dar e receber amor e felicidade atraem parceiros(as) que confirmarão essa profecia auto-realizadora. Depois de algum tempo de paixão ou de um envolvimento sexual intenso, surgem as decepções. Abandono, traição, falta de consideração e até mesmo agressões verbais ou físicas podem dar lugar à ilusão do início. O fato é que aquele amor que prometia tanto, acaba revelando-se uma fonte de sofrimento e de desgaste.Às vezes, o problema tem origem na infância, no relacionamento com um dos pais. A criança não se sente amada, valorizada ou sequer respeitada e passa a acreditar que não tem nenhum valor. Mais tarde, ao procurar alguém para se relacionar, irá repetir a situação infantil, atraindo aquele(a) parceiro(a) que irá fazer com que se sinta novamente sem valor, desconsiderado e mal amado(a).Se isso acontece com você, atenção! É preciso antes de tudo, que você descubra o seu valor e acredite que é uma pessoa única, merecedora de amor e de consideração.

13 de abr. de 2007

Sensações Reais



Não é por nada que tem tantas empresas estão querendo mostrar as mulheres de verdade. Temos problemas, sentimentos e angustias reais. e é justamente isso que queremos ver na televisão. Então, com o objetivo de fortalecer o relacionamento e a cumplicidade com a mulher moderna, a Renner lançou a campanha Sensações, que será um marco na comunicação da empresa. A ação integra diferentes canais e inclui seis filmes de 45 segundos, e-mail marketing, blog e spot para rádio interna. A inspiração vem das mulheres contemporâneas - sua essência feminina e a capacidade de se reinventarem a cada situação inusitada. O ponto alto da nova comunicação são comerciais de TV, criados pela agência Escala, que mostram vários momentos do cotidiano da mulher, como estresse, gravidez e relacionamento com o ex-namorado, e as emoções associadas a eles: alívio, tranqüilidade, realização, euforia, triunfo, deslumbramento, poder, surpresa, alegria e prazer. Com a assinatura “É assim que você se sente quando descobre a Renner”, a empresa faz analogias entre as diferentes situações cotidianas e as sensações positivas que a experiência da compra também provoca. A empresa entende que quanto mais verdadeiros os momentos apresentados nos filmes, maior é a identificação feminina. “A campanha mexe com os múltiplos papéis e sentimentos da mulher brasileira, sempre plenos de emoção e sensibilidade”, conclui Luiz Elísio.
Ficha Técnica
Título: Campanha Sensações
Anunciante/Produto: Lojas Renner / Institucional
Agência: Escala
Atendimento: Luciana Grazziotin e Laura Bergalo
Criação: Magali Moraes, Giovanni Sartori, Giovana Fazio, Jajá Menegotto, Paula Taitelbaum e Paola Barbieri
Direção de criação: Magali Moraes, Giovanni Sartori e Eduardo Axelrud
RTVC: Quequéia Oliveira e Raul Rocha
Produtora/filme: Conspiração
Direção/filme: Carolina Jabor
Direção/fotografia: Adriano Goldman
Produtora/som: Voicez Aprovação/cliente: Rosele Sanchotene

Ame-o ou deixe-o


Hoje tinha um recado maldoso no meu Orkut: Você tá gorda! - dizia a pessoa com ares de deboche. Na hora me deu aquela sensação estranha que sempre dá quando a gente se sente ofendida. Não que eu me ache magra. Até porque no meu caso, estou e sempre estive fora das medidas ideais e nunca experimentei a sensação de ser magra de verdade. Já estive mais magra do que hoje e mais gorda também. Essa pessoa não disse nenhuma mentira. Mas também não sou burra pra saber o que queria quando fez tal afirmação. Uma amiga muito querida, daquelas que gasta horas a analisando a vida e suas possibilidades, sempre me chamou a atenção para o que representa realmente estar magra nos dias de hoje. Analisada até de mais, ela sempre se refere ao jogo como sendo a vida. E, neste casso de peso, se fazer ou não parte deste game.

O preconceito é uma maneira de lavar a alma dos problemáticos e transferir para o outro a raiva ou a frustração de se ser o que se é. Olha, se fosse fácil eu seria uma Gisele. Iria ganhar um barril de dinheiro, ter todos os homens, casas, roupas, jóias e portas abertas que eu quisesse. Mas não é assim. Ninguém é gordo porque quer, ninguém tem cabelo ruim porque quer, ninguém é baixo porque quer, ENFIM ninguém é FORA DE PADRÃO PORQUE QUER. É e ponto.

Estar ou não no padrão é uma questão MUITO MAIS de espírito do que de medidas. Tem gente que é feia pra dedeu que se acha linda de morrer. Segurança e auto–estima não se compra, se nasce com eles. Assim como a capacidade que temos de amar e sermos amadas.

A aceitação do que somos passa por esta estrada. Recebi um e-mail emocionado de uma garota em busca da aceitação do eu e dos outros. Dizia assim:

Mauren,

Acabei de instalar a inter em minha residência e também acabo deachar o teu site.Gostaria de receber algumas dicas tuas: sou advogada, gordinha(80 kg) e tenho 1,55cm. Ou seja, estou fora dos padrões do mercado de trabalho.Presto serviços para uma empresa onde o meu chefe já me chamou para conversarsobre meu visual. Como tive dois filhos seguidos (estão com 2 e 5 anos) estoucom barriga e acima do peso. E tenho uma enorme dificuldade de me produzir.Entende, estou num ponto onde o problema não é propriamente dinheiro paracomprar roupa, mas sim o que comprar. Você pode me mandar algumas dicas delugares que além de venderem a roupa, dão dicas para as pessoas gordinhas?Agradeço a atenção.Bom trabalho.Claudia

Não disse? Aceitação! Como não sou expert no assunto, respondi da melhor forma possível.
R: E aí minha amiga é força na peruca e grampo no aplique!!! Nada de roupas estampadas, volumosas ou chamativas. Pelo o que saquei, o seu ambiente de trabalho deve ser bem careta. Camisas e blusas de cores discretas para compor figurino sempre com calça retas e casaco nas cores preto e azul marinho. Escolha modelos que alongam você. Saiba mostrar as suas qualidades e atenuar os defeitinhos. Depois de produzida, sorriso no rosto, alto astral e vamos lá! Com você, ninguém vai poder!
Sorte!Beijos, mauren

12 de abr. de 2007

Regime de Engorda



Cálice - De tanto ver suas fotos na imprensa, Victoria Beckham se deu conta de que está magra demais e começou um regime de engorda. Mas nada de reeducação alimentar e tratamento com especialistas: a dieta da ex-spice é à base de vinho – e, como sempre, pouquíssima comida.
* A mulher de David Beckham acredita que o álcool retém a gordura dos alimentos.
* O gosto pela bebida é tanto que uma de suas maiores preocupações com as reformas da casa em Los Angeles é onde vai ficar a adega. Isso está com gosto de auto-engano... da redação do Glamurama!

11 de abr. de 2007

A magreza como chave da felicidade




Tudo começa quando você está diante do espelho e acha que precisa emagrecer 1 ou 2 quilinhos. Até aí tudo bem, afinal você tem pegado pesado com os doces nos últimos dias. Aí vem a decisão: cortar os doces da sua dieta. Passado algum tempo, está você, novamente em frente ao espelho. O próximo passo é não comer mais carboidratos, de agora em diante só bife e salada. Os amigos notam o esforço, elogiam: “como você está bonita!”. Claro, você adora e resolve então diminuir mais ainda a comida. Você tem se sentido mais cansada ao final do dia, mas pensa: “deve ser o calor”. Reduz mais ainda a alimentação, até porque, você nem sente mais tanta fome.

De vez em quando dá aquela vontade de comer um chocolate, mas agora ele é proibido. Sua família já está ficando preocupada: “minha filha, assim você desaparece”. Pensando bem, era isso mesmo que você queria. Os amigos já comentam: “nossa, você está emagrecendo demais”. Ao que você responde: “imagina, nem é para tanto... estou bem assim”. A menstruação não vem mais, o cabelo e a pele estão mais ressecados; as brigas em casa são constantes, eles querem lhe forçar a comer e você quer comer “nada”.

Alguns leitores já devem ter percebido que estamos falando da Anorexia Nervosa. Uma doença extremamente grave, caracterizado por uma série de recusas em relação à comida, na maioria das vezes seguida pela prática exagerada de atividade física, uso de laxantes, diuréticos ou inibidores de apetite que resulta em perda excessiva de peso.

Emagrecer a qualquer custo? Que nada, a muito custo! O preço de uma doença destas é a saúde... E, como vimos nos noticiários recentemente, custa a vida em até 20% dos casos.

As conseqüências de uma redução acentuada de peso ou da manutenção de um peso muito baixo por algumas semanas são: a depleção das reservas de vitaminas e minerais do organismo, podendo levar à doenças como anemia, osteoporose precoce, perda de cabelos e alterações nas unhas. Também, pode ocasionar a incapacidade de algumas glândulas corporais exercerem suas atividades, daí a interrupção da menstruação, por exemplo, que pode persistir até a recuperação de um peso mínimo saudável. Podem ocorrer ainda alterações do funcionamento cardíaco, lesões renais pelo uso de diuréticos, lesões nos dentes, no estômago e no esôfago, devido aos vômitos que podem estar presentes em algumas pacientes, alterações de humor, além de alterações intestinais pelo uso prolongado e inadequado de laxantes.

Mas então quer dizer que qualquer programa de emagrecimento pode ser perigoso? Não. Também não é assim! É necessária a interação de outros fatores de risco (socioculturais, familiares, biológicos e psicológicos) para o desencadeamento de todo o processo. A insatisfação com o corpo, a supervalorização do corpo feminino e a idealização da magreza como sendo a chave para a felicidade, pode criar um ambiente psicológico favorável ao desenvolvimento de um transtorno alimentar, ainda mais quando associado a uma baixa auto-estima, perfeccionismo e história de obesidade na infância. Entretanto, a dieta para perder peso rapidamente é o fator precipitante mais freqüente para o desenvolvimento desses quadros.

Uma boa dieta deve ter planejamento, e nunca ter menos energia do que a necessária para exercermos nossas atividades do dia a dia. O grande segredo esta na qualidade do que comemos, e não na quantidade.

Milagres não existem, pelo menos no quesito emagrecimento. Qualquer programa de redução de peso deve necessariamente passar por uma educação alimentar e nutricional, orientada por um médico ou nutricionista.

Saúde e beleza podem sim andar juntas.

Perfil:
Nome: Carina de Araujo

Carina é nutricionista, graduada pela UFRGS e especialista em Nutrição Clínica. Trabalha desde 2005 no tratamento dos distúrbios alimentares e com educação nutricional de crianças e adolescentes. Não é magrela e, como todos os mortais, também come!

Espelho, espelho meu: O que é a beleza?



A beleza: nós a percebemos como aquilo que nos agrada esteticamente e causa um verdadeiro prazer em sua simples admiração. A beleza está em nós, no nosso “olhar o objeto” designado belo. O sentimento pela beleza é algo eterno e invariável, está entre os homens há bastante tempo. Mas, os padrões são relativos e circunstanciais à época e ao momento, principalmente no que se refere às formas femininas. Eles estão sempre conjugados à moda e à moral que regem seu tempo.

O poeta Baudelaire, do séc XIX, dizia que a moda, as roupas e seus adereços, eram uma espécie de deformação sublime da natureza, já que, para ele, o homem é naturalmente um ser abominável e perverso, capaz das piores atrocidades. E a artificialidade das vestes vem como uma tentativa de atingir o belo e a perfeição, em uma permanente correção da natureza. Assim, a moda seduz aquele que a contempla, envolvendo o indivíduo, que deseja se produzir e consumi-la.

Hoje, o belo se desvirtua um pouco de seu ideal de perfeição, como sugeria a arte. A beleza tornou-se um produto, um bem de consumo adquirível com cirurgias plásticas, com a compra de uma bolsa Chanel ou Louis Vuitton ou com a aquisição de um belo Mercedes. As emoções oriundas da literatura são substituídas pela novela, e no lugar da Vênus de Milo, estão os tratamentos de beleza e o Photoshop para corrigir qualquer imperfeição, como estrias, celulite ou olheiras.

Nessa busca por uma imagem ideal e perfeita, surgem os problemas, como os distúrbios alimentares, tais como a anorexia e bulimia, normalmente acompanhados de distúrbios da imagem, onde a menina sempre se enxerga gorda diante do espelho por mais magra que esteja, perdendo os parâmetros e a noção de peso. As grandes marcas têm sido acusadas de forçar as medidas dos seus produtos e dos manequins que os desfilam, criando, dessa forma, uma imagem irreal da beleza feminina, baseada em corpos muito magros. Essas marcas vendem um significado da imagem ao sujeito, e ao consumir eu passo a fazer parte daquela imagem. O que transforma algumas pessoas, capazes de tudo para serem e fazerem parte dessa imagem perfeita, desde dietas de fome, “mutilações” corporais ou mesmo a compra de itens falsificados.

Com o passar dos anos, os padrões de beleza mudaram radicalmente. Se, nos anos 50, musas como Marilyn Monroe e Brigitte Bardot fizeram sucesso, nos anos 60 a magricelinha Twiggy se tornou ícone, embora seu corpo, não pudesse ser padrão para brasileiras, que sempre tiveram generosos curvas (veja a Leila Diniz, por exemplo). Já nos anos 80, onde começam as febres por academias, o gênero prioriza as saudáveis e sexys, como a modelo e atriz Cindy Crawford. Nos anos 90, onde surge a moda Grunge, as modelos deveriam ter a aparência junkie, e Kate Moss (até hoje considerada a mulher mais bem vestida do mundo) se torna ícone. Hoje, Kate Moss, apesar de ter sido flagrada usando drogas recentemente, tem os maiores contratos publicitários de moda, embora a über model da vez seja a brasileira Gisele Bündchen, repleta de belas curvas e, ainda sim, magra.


Por: Ana Carolina Acom – formada em Filosofia pela UFRGS, é pesquisadora e consultora de moda e semiótica das vestimentas. Colunista do site: http://www.modamanifesto.com.br/ E-mail: mailto:ac.acom@terra.com.br

9 de abr. de 2007


VIVER ENGORDA

MANUEL DA COSTA PINTO

Cíntia Moscovich usa neurose da obesidade como mote para romance que mistura memória e invenção TUDO CONSPIRA contra o novo livro da gaúcha Cíntia Moscovich. O título sugere um manual de auto-ajuda contra os excessos de fim de ano. O tom confessional lembra um diário de adolescente. A verdadeira literatura, porém, resiste a tudo, até mesmo aos impulsos suicidas de uma escritora que finge se desviar de sua implacável vocação ficcional.Estrutura e conteúdo podem lembrar a "Carta ao Pai", de Kafka. A exemplo do autor judeu-tcheco, que se dirige ao "pater familias" para expor a chaga que o condena à errância literária, Moscovich elege a mãe como leitora ideal de seu relato. O tom de "Por que Sou Gorda, Mamãe?", contudo, está mais para Woody Allen -a começar pela figura melodramática da matriarca e pela hipocondria ("esse pânico ritual muito próprio dos judeus").O elemento deflagrador é apresentado no prólogo, que firma com os leitores um pacto ficcional: tudo o que virá a seguir é matéria autobiográfica costurada de modo a explicar como a autora se deixou dominar por um velho fantasma -a obesidade-, engordando 22 quilos em quatro anos.Entre visitas ao endocrinologista e academias de ginástica ("confrarias da adiposidade" que aguçam o sentimento de exclusão), Moscovich vaza os acontecimentos desse "romance familiar dos neuróticos" (para citar outro judeu que dissecou a dinâmica afetiva do recalque e do ressentimento).A história da Vovó Magra (que carrega as marcas da diáspora e de uma paixão irrealizada), a morte prematura do pai (fazendo com que a adolescência da protagonista fosse seqüestrada pelo "terror amoroso" da mãe) e o microcosmo da comunidade asquenazita de Porto Alegre compõem um cenário imantado pela língua ídiche, pelas tradições religiosas e culinárias (um cardápio de varenikes, guefiltefish, borscht e outras iguarias do Leste Europeu).Aquilo que se transmite de geração em geração, porém, é menos palpável. "Eu queria tocar de uma vez no miolo duro da vida", diz em certo momento essa escritora que, na esteira de Clarice Lispector, destrincha cada movimento da consciência para estar perto do coração selvagem das coisas. Nessas lembranças familiares, importa sobretudo o modo como os papéis vão se espelhando e as palavras deslizam numa correia de transmissão simbólica, que é também uma espécie de grilhão."Continuar vivendo é algo que pode tornar uma pessoa alheia de si mesmo. Viver engorda." A obesidade é o "correlato objetivo", a metáfora viva dessa existência cuja mecânica consiste em se desfigurar para tapar seus buracos.Ocorre que isso também define uma poética que deverá perpetuamente "purificar a memória em invenção", suturando as fissuras do ser com uma "cerzidura que, embora invente nos pontos muito miúdos e caprichosos da memória, me dá a sensação de um arranjo ordinário e discrepante, eterna precariedade, eterno improviso".

Empresa diz apresentar beleza "em diferentes formas"



A Folha contatou a assessoria da marca Dove -propriedade da empresa Unilever- para esclarecer as idéias subjacentes à "Campanha pela Real Beleza", promovida internacionalmente por essa linha de cosméticos.Natalie Kochmann, gerente de marketing da Dove, respondeu por e-mail às perguntas encaminhadas pela reportagem.

FOLHA - Beleza é fundamental para anunciar cosméticos?
NATALIE KOCHMANN - Dove acredita que a beleza vem de diferentes formas, tamanhos e idades e que a real beleza pode ser genuinamente atraente.Nas campanhas, a marca utiliza uma amostragem de mulheres que representam diversos biótipos presentes na sociedade, e não só aqueles considerados os "padrões" de beleza.




FOLHA - Para elaborar a "Campanha pela Real Beleza" e o filme "Evolução", Dove se serviu da consultoria da psicóloga de Harvard Nancy Etcoff, cujas pesquisas medem as características gerais do padrão de beleza mais popular.Utilizar uma "beleza comum" perfeitamente adequada a esses padrões (mesmo as mais gordinhas na campanha têm cintura, a modelo do vídeo tem os lábios cheios) não é um modo de iludir o consumidor?
KOCHMANN - A "Campanha pela Real Beleza" teve início com uma primeira pesquisa, encomendada por Dove para a empresa Strategy One, com coordenação das doutoras Nancy Etcoff e Susie Orbach.Realizada em 2004, em 10 países, entrevistou 3.200 mulheres de 18 a 64 anos. O resultado, alarmante, mostrava como as mulheres estavam insatisfeitas com a própria beleza e com os padrões estabelecidos pela mídia. Apenas 2% delas se consideravam belas.Desde então, diversas campanhas publicitárias da marca passaram a trazer mulheres que representam a diversidade de formas, tamanhos e idades, com o objetivo de despertar a discussão sobre o tema. [...]Todas as ações de Dove, incluindo o filme "Evolução", foram conceitualmente embasadas nos resultados das pesquisas.[...] O conceito de real beleza está na essência da marca. Diferentemente da mídia em geral, Dove, em suas campanhas, apresenta a beleza de diferentes formas, tamanhos e idades: altas, baixas, gordinhas, magrinhas, com cabelos lisos e cacheados, loiras, ruivas, morenas, com sua real beleza.


FOLHA - Se a mulher se sente bela como ela é, de acordo com a mensagem de sua campanha, ela não vai deixar de comprar produtos de beleza? E isso não é especialmente ruim para uma empresa de cosméticos?KOCHMANN - Gostar de si mesma é o primeiro passo para que a mulher cuide de sua própria beleza e a valorize. Dove acredita que as mulheres podem ressaltar o que têm de melhor sem buscar um padrão de beleza inatingível.

A busca infinita


"A beleza agarra o tempo"

O conceito universal do belo entrou em declinio com a modernidade, diz o psicanalista Chaim KatzERNANE para o caderno Mais da Folha de São Paulo:

GUIMARÃES NETO DA REDAÇÃO

Mesmo com a profusão de padrões de beleza que acompanha a expansão dos mercados de moda e cosméticos, mesmo com campanhas politicamente corretas pela beleza "real", não é possível escapar à imposição midiática da "supermodelo" como exemplo a ser seguido. A opinião é do psicanalista Chaim Samuel Katz, doutor em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro."São 20 ou 30 mulheres e homens que representam toda a beleza. Essa é uma construção que leva tempo", disse à Folha Katz, que organizou, com Daniel Kupermann e Viviane Mosé, o livro "Beleza, Feiúra e Psicanálise" (ed. Contra Capa).

FOLHA - O que mudou na idéia de beleza ao longo da história?
CHAIM KATZ - O que chamamos de "conceito" aparece primeiro na obra de Platão, que tenta mostrar que o conceito do belo só teria validade se correspondesse a uma essência no mundo das idéias.A busca platônica pelo belo, o bom e o justo fica na história do Ocidente, buscar o "belo em si".Com as grandes religiões, o belo situa-se sempre fora da experiência sensível. Seria o divino aquilo que o humano tem como referência e que tenta alcançar. Kant [1724-1804] realiza uma virada, dizendo que é impossível ter uma regra universal acerca do belo, pois todo juízo a respeito do belo é singular, determinado pelo gosto; não há mais uma determinação universalizante.Ao mesmo tempo, para Kant, apesar de o gosto ser singular, todo mundo tem faculdades semelhantes; a decisão sobre o que é belo se rompe com a universalização, mas as condições são universalizáveis.A mim interessou a descrição de Michel Foucault sobre Erasmo [c. 1466-1536]. No livro "Elogio da Loucura", de Erasmo, não há mais essa universalização. Para um homem bem velho que tem dinheiro, por exemplo, essas questões sobre o belo não aparecem. A loucura interna a cada um, sim, é universal.

FOLHA - Que paralelo podemos fazer entre essas formulações filosóficas e a psicologia?
KATZ - Diante da afirmação kantiana há os trabalhos dos românticos, como Fichte [1762-1814] e Schelling [1775-1854], que enfatizam as experiências subjetivas sobre a beleza.A decadência física e a doença passam a ser respeitadas como uma beleza do sujeito que corresponde a um lado "sombrio", uma beleza que é alegre, mas não feliz.

FOLHA - E qual o papel do belo na arte moderna?
KATZ - O que se chama de arte moderna não busca mais estabelecer o belo, mas expandir as experiências reais. Um homem como Picasso, digamos, que teve seu período belo, em que ilumina situações -por exemplo em 1900, 1905-, depois vai procurar expressar virtualidades que não estão visíveis aos olhos, a não ser quando o artista as mostra. O belo, como conceito, já não tem a mesma eficácia.

FOLHA - O que antes era uma relação de interpretação psicológica e sensação fica de lado em favor de uma comunicação mais lógica?
KATZ - Walter Benjamin [1892-1940] ajuda a compreender a contemporaneidade: ele mostra que há perda daquela experiência estética antiga, que tratava de produzir um objeto único que teria uma repercussão universal no sujeito, que ainda estaria ligada à experiência religiosa.

FOLHA - Assim, se desenvolveriam padrões de beleza na arte, como hoje falamos em padrões de beleza na moda?
KATZ - Quando se produz um novo modo de sensibilidade, cria-se um padrão. Os utensílios, o ambiente, o modo de vestir começam a se produzir com um novo modelo.

FOLHA - O padrão de beleza é, portanto, mutável...
KATZ - Essa idéia da mutabilidade é de Gabriel Tarde [sociólogo francês, 1843-1904]: as relações é que produzem o objeto. O sociólogo francês Gilles Lipovetsky mostra que a moda das classes mais possuídas termina por permear todos os grupos sociais e passa a ser um modelo para a reprodução e a feitura de novos padrões.E com isso entra a questão do corpo, desde a idéia da eugenia até o modelo do que deveria ser a vida social.Há quem diga que o modelo de eugenia nasceu com o inglês Francis Galton [1822-1911], o pai dos testes de inteligência. Ele propõe famílias como a dele como modelo.

FOLHA - Há experimentos em que são apresentadas fotografias a voluntários, e, segundo os resultados, rostos mais simétricos são considerados mais bonitos. Que pensa dessa definição de beleza?
KATZ - Para mim, essa história passa por algo que os alemães, desde 1870, aproximadamente, quiseram impor como um padrão de beleza. Tinham uma ciência, a fisiognomonia, em que o sujeito era lido, perfilado, pelo modo de ser do rosto, das posturas corporais, da cor da pele etc. Se a ciência tem experiências que mostram essa percepção da beleza, eu me resguardo para poder pensar que a beleza é uma conquista, e não um dado genético. Ela se conquista dentro de um grupo social; há inúmeras batalhas para impor padrões.

FOLHA - E a juventude? Hoje, as pessoas querem parecer mais jovens, e no limite a aparência pueril é um ideal. O sr. lembra, em "Beleza, Feiúra e Psicanálise", que Erasmo iguala velhos e crianças como fora do padrão comum...
KATZ - Mas a criança hoje é a chamada "criança sábia", que aos dois anos de idade já escreve ao computador. Há uma mimetização das roupas infantis, da comida infantil.É uma tendência, mas ser tendência não quer dizer que se trate de um objeto único. Há outras tendências, como a internet. Quando pessoas se conhecem pela internet, a beleza aparece na escrita, no modo de se expressar. Temos casos, em consultório, de namoros em que as pessoas, quando chegam a se ver, ficam muito decepcionadas.

FOLHA - Em que direção atua a construção midiática da beleza?
KATZ - Sou um pouco pessimista. Atua num sentido de restrição porque exige do "eu" do sujeito que se recomponha permanentemente.Mas também aprendi que as modas vão se fazendo e precisam ampliar seu alcance, seu mercado e, com isso, também conservam padrões. Obrigam o sujeito a se refazer e a ter uma imagem de si sempre voltada para si -mas ele nunca se conhece direito. É sempre uma luta muito difícil com o que deve ser o corpo para corresponder a um padrão.

FOLHA - Que elementos são usados para construir o padrão?
KATZ - Tem que haver algum tipo de homogeneidade nos interesses partilhados entre produtores e consumidores. Não dá para marcar esses interesses apenas psicologicamente -essa subjetividade é produzida. Os marqueteiros sabem produzir o consumo mas também respondem ao desejo que produzem.

FOLHA - A publicidade e o cinema tendem mais a promover a mutabilidade e pluralidade do belo ou tentam congelar o padrão?
KATZ - Não consigo encontrar na contemporaneidade uma forma de escapar aos modelos de beleza. São 20 ou 30 mulheres e homens que representam toda a beleza subsumível numa figura. Essa é uma construção que leva tempo. Falar em beleza média é uma coisa ilusória.

FOLHA - Que pensa das campanhas voltadas às "mulheres comuns"? Acha que é hipocrisia?
KATZ - É uma produção, como quando se pega o cabelo das brasileiras para alisar, que é uma produção que vende e que caminha em direção a um padrão dolicocéfalo. Quando um marqueteiro abre esse campo, abre o campo do consumo. Com isso há a degradação de um padrão e o realce de outro, digamos, disso que você chamou "pessoa comum".

FOLHA - Acha que isso representa uma corrente tentando induzir uma beleza politicamente correta?
KATZ - Acho que sim. É na Dove que isso aparece. Nas novelas, padrões são louvados e depois desaparecem. São permanentemente substituíveis.

FOLHA - E quando a mídia diz para a mulher se sentir bela como é? As mulheres vão ficar satisfeitas?
KATZ - A conquista da beleza é infinita. As mulheres não vão ficar satisfeitas nem os homens. É isso que produz a beleza: o movimento incessante na busca de uma perfeição que não é nem definida.

FOLHA - A beleza é hoje a grande moeda de troca para o indivíduo contemporâneo?
KATZ - Não diria isso. É uma grande moeda de troca, mas continuo achando que as relações de poder ainda são a grande moeda. Mas fui tirar uma fotografia para passaporte e me perguntaram se não queria pagar mais para apagar marcas do meu pescoço na foto!

8 de abr. de 2007

Quanto custa ser bela


Os temas ligados aos exageros estéticos estão em alta. No último domingo, uma matéria no jornal Zero Hora, mais uma vez falou do tema. Olha aí o texto da Melissa Hoffmann.


O preço real da beleza

Dispostas a tudo para atingir um determinado padrão de beleza, muitas mulheres se submetem a dietas e procedimentos que podem colocar a saúde em risco ou até levar à morte

Dois casos recentes, ocorridos em março, reabrem a discussão sobre a busca da perfeição estética que coloca em risco a saúde e até a vida dos vaidosos. Internada em estado gravíssimo na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Quinta D'Or, no Rio de Janeiro, a estudante Andréa Lindner Gadelha luta para sobreviver. Aos 34 anos, a gaúcha está com 98% do corpo queimado após passar por quatro sessões de bronzeamento artificial nos dias 14 e 15 de março. No dia 20, a dona de casa goiana Maria Eni da Silva, 33 anos, morreu depois de se submeter a uma escova progressiva em um salão. Os casos voltam a alimentar a polêmica: até que ponto as pessoas estão dispostas a se sacrificar para atingir um detrminado padrão de beleza? - A busca só aumenta, não retrocede, assim como os avanços tecnológicos da medicina. Sempre que as técnicas estéticas são mal-usadas e caem em mãos de pessoas não-especializadas, ocorrem acidentes - afirma a dermatologista paulista Ligia Kogos. - As pessoas não têm culpa, elas só querem ficar mais bonitas. Exemplos que ficaram famosos, como o da modelo Cláudia Liz e o do cantor e compositor Marcus Menna Barreto, revelam os riscos e complicações inesperadas de quem se submete a uma cirurgia plástica. Os dois sofreram choque anafilático e ficaram em coma depois de realizarem lipoaspiração para a retirada de gordura localizada do abdômen. - Existe uma doença chamada dismorfia corporal que acomete 10% das pessoas que procuram um cirurgião. Elas não conseguem enxergar nenhum atrativo físico em sua aparência. Têm preocupação excessiva com a vaidade e são inconformadas com a própria beleza. Para esses pacientes, não adianta cirurgia plástica, e sim tratamento psicológico - explica o cirurgião plástico paulista Rolando Zani. Com 46 quilos e medindo 1m74cm, a modelo paulista Ana Carolina Reston Macan se achava gorda. Passou a comer só tomate e maçã. Emagreceu até chegar aos 40 quilos. Morreu no dia 14 de novembro de 2006, aos 21 anos, em conseqüência de uma anorexia nervosa. O tema foi amplamente debatido, e vários especialistas alertaram para o perigo que corre quem sofre de transtornos alimentares. Mesmo assim, o novo alerta não mudou a atitude de milhares de meninos e meninas que participam de comunidades no site de relacionamento Orkut. Eles usam pulserinhas pró-Ana (anorexia) e pró-Mia (bulimia), trocam dicas de como superar as dores de estômago e o que fazer quando a menstruação pára e os cabelos caem. Menos radicais, mas não menos agressivas com o próprio corpo, as comunidades em homenagem aos corsets - espartilho, em francês - não param de crescer. As moças ajustam tanto a peça ao corpo que chegam a "perder" três centímetros de cintura e queimar os dedos de tanto puxar os cordões para amarrá-lo. - Todos nós, desde pequenos, temos noção do que é belo e do que agrada. A mídia não nos ensina o que é bonito, mas dirige nossa preferência para os modelos - opina Dora Ullmann, endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, seção Rio Grande do Sul. - No momento em que não nos adequamos ao que é tido como belo pela sociedade, procuramos atingir o padrão ideal a qualquer custo, e aí surgem as doenças.

7 de abr. de 2007

Jennifer Lopez entra no debate sobre a magreza



Jennifer Lopez e Hilary Duff são as mais novas atrizes de Hollywood a entrar para o debate sobre as roupas tamanho 0 (medida americana equivalente a uma roupa tamanho extra pequeno).

Duff provocou alarme no ano passado, ao emagrecer muito, enquanto Lopez sempre foi famosa por sua figura curvilínea.

Lopez disse que nunca poderia usar uma roupa tamanho 0. Não consigo imaginar como eu poderia emagrecer a este ponto e ainda continuar saudável."

Ao contrário de J-Lo, Hilary Duff disse que teve que emagrecer porque a mídia a chamava de 'gorda' e isso a incomodava muito.

"Hoje uso tamanho 0 porque me sentia magoada com as coisas que falavam sobre mim e resolvi emagrecer para parar de ler na mídia que estava acima do peso."

5 de abr. de 2007

A pobre menina RICA


A filha de Donatella Versace, Allegra, está internada em uma clinica na itália para se tratar de anorexia. Na verdade, a jovem garota de 20 anos, já sofre da doença faz um tempão. Mas como toda familia glamurosa, ninguém dos Versace´s jamais se pronunciou a respeito. Era como se a menina não tivesse doença alguma!! Nas aparições sociais sempre foi evidente o péssimo estado da garota. Pois nesta semana, pela primeira vez,
Donatella deu uma demostração pública de apoio a filha. Disse que a família estava fazendo o melhor possível para proteger a guria. Que eles queriam dizer publicamente que apreciavam a preocupação das pessoas com a menina, mas que pediam que a privacidade de Allegra fosse respeitada neste momento. O irmão de Donatella, o estilista Gianni, deixou uma herança de 300 milhoes de libras para a garota. Nos últimos tempos, Allegra estudava inglês e teatro em Nova York.

4 de abr. de 2007

Tamanhos Variados




Chris Francini e Paula Martins lançam coleção das camisas e camisetas já consagradas pelas antenadas de plantão. Com a essência voltada para uma moda exclusiva para cada tipo de silhueta, a LABB, nova label de Chris e Paula, aposta em peças feitas com tecido de camisaria masculina e camisetas de viscolycra.

Todas construídas sob medida para valorizar os pontos fortes ou desvalorizar o que nos desagrada no nosso biotipo. As clientes fiéis da marca já conhecem essa técnica que realça quem tem pouco busto, diminui quem tem muito, disfarça a barriga e assim segue, mas nessa coleção a dupla propõem um plus ao aplicar tal técnica ao viscolycra e às sobreposições.

Em tempo: LABB vem da palavra laboratório e os dois "bês" no final são para homenagear a dupla, além de respeitar a numerologia.

LABB
11 - 3034 1499

1 de abr. de 2007

Agressão feminina!






Nossa auto-estima se reflete diretamente na forma com que nos relacionamos com os outros. Se não gostamos de nós mesmas, como poderemos ser amadas e respeitadas por outras pessoas?

Muitas mulheres não admitem que estão sendo maltratadas para não perder seus parceiros. Normalmente, elas acreditam que se ficarem com estes homens, mantendo relações doentias em silêncio, mesmo assim ainda poderão ser felizes.

Engano delas. Quanto mais permitimos que os outros nos machuquem, mais machucadas ficamos. Denunciar abuso é uma obrigação de todas nós. A violência contra mulher independe de raça, credo ou classe social. Ela pode acontecer nas melhores famílias. Nenhuma de nós está livre dela. Agora, proteção... todas nós temos direito.

E para chamar justamente a atenção sobre a violência doméstica, que uma nova campanha feita na Inglaterra para os Direitos da Mulher está fazendo o maior barulho.
A idéia de usar celebridades inglesas com hematomas no rosto tem causado um impacto gigantesco. Normalmente lindas e maquiadas nas fotos, elas aparecem machucadas e com ares de quem apanhou forte de de verdade. O efeito horroroso só foi possível graças ao uso do programa gráfico photoshop, que normalmente é utilizado para retocar as imperfeições destas mesmas estrelas. A campanha pede que as mulheres façam alguma coisa enquanto elas e seus filhos ainda estão fora de perigo. Segundo as autoridades inglesas, admitir a violência doméstica ainda é um problema para as mulheres. Entre as famosas que posaram para as fotos de rosto, estão: Fiona Bruce, Anne-Marie Duff, Anna Friel, Jemma Kidd, Honor Blackman, Fay Ripley, Miquita Oliver e Kate Thornton.

Bula da auto-estima


Composição:
Amor incondicional por si mesmo, incluindo qualidades e defeitos; Autoconfiança que fornece coragem para agir diante de situações novas, assumir desafios e tomar decisões. Auto-imagem positiva.


Indicações:
Para quem deseja sucesso, felicidade, confiança, segurança e bom relacionamento pessoal e profissional. Para quem tem medo de enfrentar desafios, relacionamentos e expor pensamentos.

Contra-indicações:
Nenhuma, mesmo nos casos de calvície, obesidade, estresse, gravidez e amamentação.

Posologia:
Quanto maior o numero de doses, melhor.

Precauções:
Nenhuma.

Prazo de validade:
Por toda a vida.