5 de mai. de 2008

Eu sou a pessoa mais bonita do mundo

People, olha que bacana esta matéia da Marie Clair destes mês....
beijos,m.


Por Fernanda Cirenza*

Não, eles não são narcisistas, nem exibicionistas, nem aspirantes a top models. Mas se acham lindos. Altos, carecas, narigudos, gordos, baixos, magros, jovens ou nem tanto falam por que beleza é fundamental, mesmo quando ela não aparece só na forma de um rosto perfeito e de um corpo sarado.

Eliane é baixinha, tem 1,55 m de altura, e sabe que está longe dos padrões de beleza. Mas se acha linda: 'Sou gigante por dentro'. Andrea se olha no espelho e diz: 'Se fosse magra, não sei se me acharia bonita'. Correr atrás de um sonho é o que torna Gabriel especial. 'Deixei família e amigos para tentar ser músico em São Paulo.' Ou seja: existe algo que vai além da beleza-padrão, a que por vezes é indiscutível, como a das modelos que aparecem nas páginas de uma revista. Marie Claire quis saber que 'algo' é esse -o que torna uma pessoa bonita. Em busca dessa resposta, lançamos uma enquete nacional no fim do ano passado, sem revelar que se tratava de uma pesquisa da revista. Os anúncios colocados em outras publicações perguntavam: 'Você é a pessoa mais bonita do mundo?'. Mais de 500 participantes responderam 'sim' e explicaram, num texto curto, o porquê. Mandaram, ainda, uma foto que, segundo eles, revelava algo de sua personalidade. 'Sou exclusivo. Não tenho o padrão de beleza da mídia, mas tenho algo que me deixa diferente: sou elegante e educado', diz Daniel Pontes, que participou da enquete.

Tanta segurança pessoal faz parecer fácil não ligar para o corpão de uma Juliana Paes ou a barriga-tanquinho de um Gianecchini. Mas nem tudo mundo tira de letra. 'Ao tentar se encaixar nessas outras imagens, a pessoa corre o risco de se desvalorizar', diz a filósofa Marcia Tiburi. Além disso, a comparação pode levar a uma a uma gincana de exigências: torna-se imprescindível ser magra, alta, ter cabelos lisos, dentes brancos etc. Só que, muitas vezes, nem assim a pessoa se sente bela. 'Na verdade, tentar seguir um conceito de beleza tem a ver com a necessidade de se sentir adequada, fugindo da sensação de que a gente não serve do jeito que é', diz a terapeuta Dulce Critelli.

Acredite se quiser: para muitos, o nariz de Gisele Bündchen, por exemplo, não parecia adequado no início da carreira. Nesse caso, a pressão do mundo fashion cedeu à força da top, força que também atende pelo nome de auto-estima. Na prática, não é difícil provar que a auto-estima faz toda a diferença. 'Há pessoas que se encaixam nos padrões de beleza e não são consideradas belas, e outras que fogem dos padrões e são atraentes', diz Fábio Roberto Almeida Campos, cirurgião plástico. São casos como os retratados na enquete de Marie Claire que apontam que beleza está, sim, associada à auto-estima, à espontaneidade e ao bem-estar -três palavras difíceis de definir, mas que traduzem o que é se sentir bonita.

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente o texto é bom mas os segredo é não se importar para o que os outros pensam.Danem-se...