29 de abr. de 2008
Publicitária, psiquiatra e antropóloga falam sobre a beleza
De acordo com o professor de Filosofia, Estética e Cultura e Assuntos Emergentes da escola, Antônio Henriques, em um momento no qual, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) em dados divulgados no ano passado, o Brasil é líder mundial por habitante de uso de medicamentos para emagrecer – os chamados anorexígenos –, o evento visa levantar o debate sobre o mercado da beleza. “O tema é instigante, a formação das convidadas é diversificada e promete enriquecer o Bate-Papo”, disse Henriques. Para ele, será uma boa oportunidade “para falarmos sobre auto-imagem, o lado mais subjetivo das questões que envolvem os padrões de beleza. Abordaremos assuntos globais, como o corpo é visto na sociedade pós-moderna, modelos de vida e comportamento e a busca e a exaltação da beleza física”.
24 de abr. de 2008
Claudia Leitte desfila em evento de "mulheres normais"
Redação Terra
23 de abr. de 2008
Forever Young!
Pelo simples motivo de que é bom amadurecer. É bom crescer. A gente batalha tanto pra mudar, lê, faz análise, tem crise, ama, odeia, conversa, discute, briga, vê filme, chora e vive e aí de repente quer ficar jovem pra sempre? No mínimo, é incoerente. Pois é. Eu não quero ficar jovem pra sempre. Fiz 50 e adorei. Sem crise. Cheguei à conclusão de que minhas crises são mais criativas do que crise de idade. Acho que o Cazuza também não ia estar nem aí para os 50. Pelo menos não para o “peso” dos 50. Como diz o Caetano, a única parte chata é ter que usar óculos. Mas já estou me divertindo escolhendo armações bonitas e coloridas e me adaptei superbem à lente que vê aqui perto, ali longe, tudo ao mesmo tempo. Que papo é esse, de velhice num site “jovem”? Eu avisei... Acho que na outra coluna esse assunto já foi devidamente resolvido, certo?
21 de abr. de 2008
CHINELO NOVO PRO PÉ TORTO
Orgulho da raça
Olha, confesso: sempre tive uma inveja branca das negras e mulatas. Trocadílhos à parte, acho que elas são sensacionais. Pele incrível e uma sensualidade além da conta. Aí, recebi esta matéria da minha amiga Lu escrita pela querida Vera Fiore do Estadão. Super bacana...
18 de abr. de 2008
Unilever leva "Ugly Betty" para a China
Conforme publicado pelo AdvertisingAge, o acordo - que configura-se como o maior fechado pela empresa no país - é fruto da associação da Unilever com a Hunan Satellite Television, a Beijing Nesound International e a Media and MindShare Performance para promover o Dove Shower Cream, uma versão do xampu Clear e o produto Lipton Milk Tea durante os episódios da série.
A iniciativa é parte da campanha pela beleza real da Dove - que exalta mulheres que se sentem bem com seus próprios atributos, sem se prenderem a estereótipos - e tem o objetivo de rejuvenescer e dar força à marca na China.
E toda semana, retoque!
"Antes, fazia papéis de menininha porque era uma. Agora não, virei mulher. Isso ninguém tinha percebido", afirma ela.
Além dos cuidados com o corpo para manter a forma, Júlia faz tratamento para amenizar as marcas de nascença que tem no pescoço e nos braços. Ela já passou por algumas cirurgias para retirar as marcas, mas não se incomoda com elas.
"Infelizmente, o corpo é meu instrumento de trabalho e tenho que estar com ele em ordem. Só quero que os sinais fiquem neutros com um pouco de corretivo, a ponto de passarem desapercebidos nos vídeos e nas fotos", explica.
17 de abr. de 2008
Onde isso vai parar?
Bah! Tô bege!
Dove & Rosa Chá
Amir Slama, que apresenta suas coleções de verão na semana de moda de NY, promove ação com a marca de sabonetes Dove na "campanha pela real beleza" e usa casting que "mostra a diversidade da mulher brasileira na passarela".
Às 20h30 é previsto um coquetel, seguido pelo desfile em si na Casa de Portugal, à av. da Liberdade, 602. 16.04.2008 (A.V.)
A Unilever, fabricante do sabonete e da linha de produtos de higiene e beleza Dove, lançou mundialmente em 2004 a "Campanha para a Real Beleza". A idéia era chamar a atenção para a beleza da mulher comum e evitar o foco sobre a perfeição inatingível das modelos de capa de revista. A idéia aproximou a marca das consumidoras e gerou um crescimento de vendas, que pulou para a casa dos dois dígitos assim que as primeiras gordinhas e baixinhas apareceram na mídia. A repercussão da campanha atraiu a atenção do setor de moda. "Muitas marcas de roupas já quiseram fazer parceria com a Dove", diz a gerente de marketing da linha, Daniela Cachich. "Como nenhuma dessas grifes tinha a ver com a filosofia de Dove, rejeitamos todas", lembra a executiva. Mas em janeiro a Dove cedeu. Depois de uma negociação que começou há pouco mais de três meses, a marca anuncia uma parceria com a grife do estilista Amir Slama, a Rosa Chá.
"A Rosa Chá trabalha com esse conceito de mulher de verdade já há muito anos", diz Slama.
Partilhando do mesmo conceito, as duas marcas realizam no dia 23 um desfile em São Paulo com a nova coleção da grife exibida por 30 mulheres comuns, escolhidas nas ruas da capital paulista. "Estamos planejando várias ações deste tipo em conjunto", diz Daniela Cachich. Uma dessas idéias já entra em prática agora: a distribuição para os convidados do desfile de uma peça de roupa da Rosa Chá adornada com um pingente com a forma da pomba, logo de Dove. Já nas lojas, as roupas compradas pelas clientes serão embaladas em uma bolsinha de tecido com o logo dos sabonetes, além do da Rosa Chá.
Evento Bacana
No dia 13 de maio, a Revista Seleções realiza em São Paulo o evento "Um Novo Olhar sobre a Vaidade". Sete painéis - A Vaidade e sua Abordagem Sociológica, Cabelo, Maquiagem, Rosto, Corpo, Alimentação e Moda - reunirão profissionais do mercado do culto ao corpo com objetivo de possibilitar a compreensão do fenômeno da vaidade.
NOVA CAMPANHA DA RENNER REVELA A RIQUEZA E A DIVERSIDADE DO UNIVERSO FEMININO
Campanha institucional usa situações do dia-a-dia para questionar o clichê "mulher é tudo igual"A nova campanha institucional da Lojas Renner já está no ar, em rede nacional. Composta por 10 filmes de 30" que serão veiculados em diferentes momentos e regiões ao longo de 2008, a campanha mostra os mais variados comportamentos das mulheres diante de situações específicas do dia-a-dia.Os filmes colocam o clichê "mulher é tudo igual" em cheque ao mostrar o contraponto de diferentes depoimentos de mulheres de todo Brasil. Quando o tema é o tempo que demoram para se arrumar, por exemplo, uma declara que monta um "look" em 15 minutos, enquanto outra assume que passa horas só para alisar o cabelo. Uma delas revela que se veste para "matar as mulheres de inveja" e, a outra, para se sentir "ela mesma". Em relação à preferência por sapatos, uma diz que vai de salto até para a academia, enquanto a outra é adepta das rasteirinhas.A diversidade está presente também no elenco que usa mulheres de variados tipos, estilos de vida e sotaques, refletindo a presença da rede, atualmente com 96 lojas, nas cinco regiões do país.Com tom natural e verdadeiro, as mulheres são retratadas em momentos do seu dia-a-dia - no quarto, dirigindo o carro, na cozinha e fazendo compras - em sintonia com a proposta da Renner de ser a loja cúmplice da mulher moderna. "A Renner entende que cada mulher é única e quer ser respeitada nas suas escolhas individuais, no seu estilo de de viver", comenta a gerente geral de propaganda e promoções de Lojas Renner, Luciane Franciscone. Para reforçar a entrada da campanha no ar, serão utilizados espaços de 60". Nos primeiros 30" que antecedem os comerciais, um locutor explica que "tem homem que acha que mulher é tudo igual" e esclarece que "estes caras não entendem nada de mulher", concluindo então que "homem é que é tudo igual: gosta mesmo é de mulher de verdade". A campanha, desenvolvida pela agência Escala, foi produzida pela Conspiração Filmes, e tem a direção de Carolina Jabor. Os três filmes que dão início à campanha são "Abre-Alas", "Horas" e "Sapatos".
Ficha TécnicaCliente: Lojas Renner
9 de abr. de 2008
Lentes emagrecedoras
Acredita em cromoterapia? Parece que os japoneses são grandes adeptos: uma empresa chamada Yumetai desenvolveu lentes para óculos escuros que inibem o apetite. Juro!
Isso acontece porque as lentes azuis “acalmam” a área responsável pelo apetite no cérebro. Olha como a comida fica horrível com a lente azul... Não dá a menor vontade de traçar...
Além disso, a lente também bloqueia os raios vermelhos que tendem a fazer com que a gente coma demais. Todos os tons vermelhos abrem o apetite, assim como os amarelos.
Compre o seu!
via Y&R
8 de abr. de 2008
As loucuras que as mulheres fazem...
Uma ficou doente por querer se espelhar em padrões irreais de beleza. A outra, que dita e serve de espelho para as tais regras da beleza, trabalha duro para se manter no topo.
J.Lo, a famosa, que inspira milhares de outras mulheres acabou de ter gêmios. Normal engordar um pouco e passar um tempinho fora de forma e curtindo as crianças, certo?
Não no caso dela. J.Lo está totalmente neurótica e obcecada pela perda de peso. Para tanto, contratou um time de nutricionistas e personal trainers e malha, 7 dias por semana, 3 horas por dia. Acorda diariamente ás 4h da manhã para a maratona, que é uma mistura de exercícios aeróbicos como pilates. Quanto a alimentação, segue uma dieta de 1400 calorias por dia e baniu os carboidratos. Resultado: já perdeu muito peso desde que começo o tal programa em Fevereiro ...
Já a outra, Lauren Bailey, é desconhecida e começou a perder peso drasticamente na adolescência. Olha que horror! Chegou a pesar 30kg e caminhar 12 horas por dia pela rua ... não conseguia mais ficar parada com medo de engordar. Hoje, recuperada, culpa a puberdade antecipada - desenvolveu-se mais cedo que as outras crianças, sendo assim parecia maior - e a projeção nos corpos das celebridades e das modelos como os grandes vilões de sua anorexia, depressão e distúrbios compulsivos obsessivos.
Olhando assim, ela ainda não está no auge de sua forma, é claro. Como todo mundo sabe, a diva latina não faz o tipo mignon.
J.Lo, trabalha com a imagem... Ela é o que é, não é a toa! As Estrelas de hoje não podem se dar ao luxo de engordar, de mudar de corpo, de perder a forma.... e até mesmo de serem mulheres normais. Triste... complicado! Será que os fãs não achariam bacana um outro lado dela? Mais normal, natural? Tem que ser assim, de plástico?
Enfim, ainda bem Lauren está recuperada. Distante do passado triste da adolescente bulímica, ela só deseja agora ser normal. Sem estereótipos, angústias ou padrões distorcidos. Ela é agora uma típica jovem roqueira e feliz! Thanx God!
Pesquisando o Belo
6 de abr. de 2008
Tamanho GG
Sob peças brancas ou muito claras a melhor cor é o chocolate.
Sob peças opacas, de cores mais fortes, pode-se usar qualquer cor, mas dê preferência a cor mais próxima da roupa. Sob uma blusa vermelha, por exemplo, prefira um sutiã da mesma cor.
Blusas ou calças pretas exigem lingerie preta. Especialmente se houver o risco de algum detalhe aparecer. Somente em casos de roupas em que a lingerie aparece propositadamente, pode-se usar outras cores ou estampas, mas preferencialmente com base em preto.
Calcinhas
O modelo da calcinha deve ser sempre adequado a peça que será usada por cima.
Se a calça tem cintura baixa, ou corte reto, que permite baixar na parte de trás quando senta ou abaixa, é preciso um modelo de calcinha também de cintura baixa. É muito deselegante que a calcinha apareça nestas situações. A Camomilah oferece vários modelos com esta característica. (Ex: DaliaII, Floral, Mariana).
Uma calça muito justa ou de tecido colante (cotton ou lycra) pede um modelo que não marque. Para quem gosta do fio-dental, é o ideal, mas quem prefere um modelo mais sóbrio, um caleçon fica muito bem.
Calças de cós alto, que estão na moda novamente, precisam de calcinha de cintura alta, para evitar um corte horizontal , especialmente para quem tem a barriguinha mais saliente.
Sutiãs
Saber usar o sutiã certo com a roupa certa não é fácil, é preciso ter muito cuidado. Hoje em dia é muito comum deixar que o sutiã apareça sob a roupa, mas nem sempre isto é conveniente. No trabalho e em ocasiões mais formais, isto não deve acontecer.
Sob roupa branca ou de cor muito clara, a cor chocolate é a ideal, porém, se preferir usar branco, que seja sem renda ou outros detalhes, para que não se destaque.
Sob roupa preta, o sutiã deverá ser sempre preto, mesmo que o tecido seja opaco. E especialmente se for um modelo de alças, ou cavado em que possa aparecer em algum movimento uma parte do mesmo. Num momento informal uma cor escura pode ser usada, porém nunca branco.
Alças de silicone estão descartadas. Além de machucarem os ombros, para seios fartos elas não tem resistência, e ficam extremamente deselegantes. Prefira um sutiã tomara-que-caia se você puder, ou então use alças a mostra na cor da roupa .
Seios grandes pedem um pouco de cuidado com alças muito finas ou tomara-que-caia, A Camomilah oferece um modelo para tamanhos até o 56. Porém deve ser usado com muito critério. Não fica bem você usar uma peça que te deixe desconfortável, e que precise ser ajustada constantemente. Por isso, se este é seu caso, use muito decote, costas a mostra e fendas nas laterais, mas evite alças finas e tomara-que-caia, Isto pode desvalorizar o seu corpo.
Tamanhos
O Brasil não tem uma legislação que padronize tamanho de roupas. E isto causa muitos embaraços e erros na hora de comprar e usar a roupa, a lingerie e a moda praia. É essencial que, na hora de escolher qualquer peça você tenha consciência de suas medidas. O número que aparece na etiqueta não é o que importa, e sim, se o tamanho está de acordo com suas medidas.
O tamanho do sutiã deve ser de forma que envolva todo o bojo. Sutiãs que "cortam" os seios pela metade desvalorizam as formas. Mesmo um seio muito bem formado, fica prejudicado se o sutiã não for adequado.
A calcinha também deve ser muito bem analisada. Como uma peça íntima, ela não deve interferir no visual. Calcinha apertada salienta as gordurinhas, e calcinha frouxa marca sob a roupa. O ideal é uma peça na medida, adequada a roupa que vai ser usada por cima, como já falamos anteriormente.
Dicas para melhor conservação de sua lingerie:
- Não use alvejantes com cloro;
- Não lave sua lingerie em água quente;
- Não seque em secadoras tipo "tambor";
- Não passe a ferro;
- Evite lavar junto com peças de tecido pesado (jeans, toalhas, etc.).
4 de abr. de 2008
Nunca perde a piada...
* Sem perder a piada, Preta brincou dizendo que existem milhares de tipos de mulher e ela é a “mulher rodízio”: tem carne para todo mundo. E dá-lhe beijinhos.
2 de abr. de 2008
Sem Retoques
Uma notícia caiu como uma bomba hoje no mercado editorial europeu. Apartir de agora, os editores das revistas vão ter que segurar a mão nos retoques feitos nas imagens das celebridades.
Sendo assim, está restrito o uso do photoshop, uma vez que as alterações exageradas feitas com o programa gráfico promovem um padrão de beleza ultramagro que é irreal.
Ainda bem!!! Chega das mulheres quererem ser o que não existe!!!!
A função começou depois que um inquerito que apurava a saúde das modelos inglesas descobriu que as imagens das revistas e outdoors promoviam um ideal de beleza impossível de ser atingido e nada saudável.
Agora a assossiação dos editores de periódicos do UK está se mobilizando para que juntamente com a indústria da moda (empregadores de modelos) cheguem a um consenso de regras para apresentar ao governo inglês sobre o uso do photoshop.
E a coisa parece séria mesmo: O PPA, que representa cerca de 400 publicações inglesas, está promovendo grupos de discussão com os editores destes jornais e revistas para dicutir as restrições do uso de manipulação digital de imagens.
E nem as revistas mais bombadas estão fora dessa. Vogue, Elle, Hello! e Grazia estão entre os participantes da série de reuniões para decidir a melhor maneira de photoshopar sem alterar de mais as imagens.
O movoimento começou ontem depois que um especialista em disturbios alimentares alertou sobre as conseqüencias graves da obscessão pela magreza que a maioria das pessoas tem hoje em dia. Segundo o professor Janet Treasure, do Institute of Psychiatry at King's College de Londres, bulimia e dietas exageradas são conseqüencias de disturbio de comportamento e podem alterar permanentemente a maneira que o cerebro reage as "compensações".
Antes tarde do que nunca! Sabe aquelas bundas lisinhas que a gente tem que ver na capa das revistas de dietas? Aiii me poupe! É impossível uma mulher com curvas não ter uma celulite se quer, ainda mais se for fruto da geração Coca-Cola. Agora é esperar para o movimento se espelhar pelo mundo e quem sabe, chegar no Brasil! O meu vote eles já tem!
E vc, o que acha?
Recuperação
Miss de Biquine
1 de abr. de 2008
Quem somos e porque...
Que modos de estar sendo sujeito a sociedade contemporânea vem produzindo ao colocar determinados corpos como um objeto a ser incansavelmente buscado e desejado? Ora, a questão levantada, longe de ter uma resposta “única”, nos leva a discutir características do tempo presente que, inescapavelmente, nos atingem. Na contemporaneidade, o corpo tem sido alvo de inúmeros investimentos, tornando-se passível de várias intervenções, ou seja, modificações que o transformam, marcam, diferenciam. Existe uma verdadeira indústria em torno da produção de corpos e de desejos sobre os corpos. Moda, estética, cirurgias, adereços e tatuagens são algumas das possíveis intervenções que demonstram o quanto o corpo vem sendo invadido, ressignificado e investigado. Outro exemplo pode vir da percepção de que nos mais variados espaços sociais as discussões estabelecidas giram em torno de uma “preocupação consigo mesmo”, ou seja, os sujeitos contemporâneos são assolados por anseios que envolvem as suas vidas individuais através de aspectos relacionados ao corpo e aos modos de torná-lo mais desejado, sexy, bonito, jovial, produtivo.... Essas são preocupações que parecem balizar as relações dos sujeitos consigo mesmo e com os demais (em detrimento das questões de ordem mais coletiva). Com isso, os laços de união e afeto giram em torno de uma, ao menos suposta, superficialidade que invade todos os recantos de nossa existência, já que há sempre algo novo, ou um outro modo de parecer ser, a ser perseguido por sujeitos individuais. A fabricação constante de novos desejos a serem infinitamente buscados nos leva a pensar que num mundo das visibilidades, em que você só parece fazer sentido, existir, se está exposto, o corpo se torna um slogan e passaporte para a felicidade porque não é mais a “alma” que precisa ser trabalhada, melhorada, mas o corpo que, por ser visto, passa a necessitar de intervenções para ser melhor apreciado. Essa é uma tendência contemporânea − “transformar todas as partes do corpo em imagens de marca e num marketing privilegiado do eu. Por conseguinte, o desejo de investir nas imagens corporais torna-se proporcional à vontade de criar para si um corpo inteiramente pronto para ser filmado, fotografado, em suma, visto e admirado” (Sant’Ánna, 2002, p.106). Importante salientar, aqui, as transformações que vêm ocorrendo sobre o que significa cuidar de si, do “eu”. Michel Foucault demonstrou, no livro Hermenêutica do Sujeito (2004), as modificações, para os gregos, sobre o que é o si. Mostrou que em um determinado período, o eu era tido como a alma, e por isso cuidar de si era ocupar-se com a própria alma, tendo como finalidade qualificá-la a fim de poder governar os outros, a cidade. Já nos séculos I e II d.C, cuidar de si passou a ser cuidar tanto da alma quanto do corpo, pois ambos estariam conectados e tendo a mesma importância. Queremos, no entanto, nos situar no tempo presente − será que a “alma” importa atualmente? Tudo indica que para muitas pessoas não, que o que mais importa é o corpo, pois cuidar deste novo “templo” seria, de acordo com Sant’Anna (2002), a melhor forma de cuidar de si mesmo, de afirmar-se e ser feliz. Isso evidencia a generalização do corpo como o lugar privilegiado do “cuidado de si”, pois em nosso tempo o corpo vem se tornando central e serve como um novo marcador social. As questões levantadas são importantes para mostrar que não consumimos apenas os objetos em sua materialidade. Mesmo quando compramos tinturas para cabelo, roupas da moda, acessórios, adereços, fazemos tatuagens, colocamos piercings, adquirimos produtos light e diet, entre outras coisas, estamos, no limite, consumindo nosso próprio corpo. Estamos, irremediavelmente, enredados nas tramas que nos “habilitam” para o consumo de tudo, inclusive de nós. Engana-se quem pensa, portanto, que há somente objetos materiais a serem consumidos, produtos que movimentam capitalísticamente o mundo. Mais do que a moderna separação entre “um sujeito consumidor e um objeto consumido” (Homem, 2003, p.03), notamos que nos atuais tempos o próprio sujeito se torna um objeto de consumo, aperfeiçoando-se continuamente e respondendo afirmativamente aos apelos e desejos que são, infinitamente, criados pela sociedade do espetáculo e do consumo. Nesse sentido, vale a pena deixar ressoar... infinitamente... a pergunta: “como estamos nos transformando no que somos”