13 de mai. de 2007

Obesidade infantil: stop now!


A primeira vez que minha mãe me levou num médico de regime eu tinha 5 anos! Aiiiiiii, juro!!!
Desde pequeninha minha saúde era muito fraca. Aí, depois de várias doenças e uma dieta com suplementos e medicamentos fortes, acabei engordando. Minha mãe preocupada, com razão, me levou para o endocrino. Me lembro como se fosse hoje aquela pirâmide alimentar desenhada num pedaço de papel. O médico me mostrava os desenhos das comidas e explicava o que podia ou não ser ingerido. Que dó! Tão pequena e cheia de privações. Não conseguia entender a preocupação de meus pais. Odiava não poder comer as mesmas coisas que as outras crianças. Na verdade comia, mas era sempre uma briga em casa e com a balança. Hoje entendo os motivos de minha mãe e lamento o direcionamento das coisas. Mas enfim...
Só pra entedender o que é:
Foi-se o tempo que criança saudável era criança gordinha. Hoje o cenário é assustador: a obesidade atinge 15% dos pequenos, que estão expostos a riscos de gente grande. A falta de exercícios e a alimentação inadequada são os grandes culpados pelos quilos a mais. Só para se ter uma idéia, quando o pequeno devora um pacote de bolacha na hora do lanche, está ingerindo o equivalente a uma refeição completa em calorias. Os prejuízos são enormes: além do impacto na auto-estima, aumenta a chance de problemas ortopédicos, de infecções respiratórias e de pele, de cirrose hepática por excesso de gordura depositada no fígado - a chamada esteatose. Pior: uma criança obesa em idade pré-escolar tem 30% de chances de virar um adulto rechonchudo. O risco sobe para 50% caso ela entre na adolescência gorda. Explica-se: as células adiposas vão ficando cada vez mais recheadas de gordura até que estouram e se multiplicam, fenômeno mais comum justamente no primeiro ano de vida e na adolescência. Reverter o quadro depende basicamente de uma coisa: reeducação alimentar.
Aí, pra aliviar a culpa...
Na onda do politicamente correto, o Mc Donald´s lançou uma campanha na semana passada onde o gorducho Shrek é o garoto propaganda de refeições saudáveis. A empresa, que tem sido acusada nos últimos três anos de vender comidas que não são saudáveis e de aumentar os índices de obesidade infantil nos EUA, vai usar o personagem para vender um produto chamado Happy Meal - que nada mais é do que refeições que oferecem entre suas opções molhos á base de maçã, McNuggets de carne branca, saladas, chips de maçã, leite desnatado etc e tal. Além disso, o personagem vai estimilar a criançada a fazer atividade física em jogos na web no site do McDonald´s. A idéia até que bacana. O problema é que o personagem ainda vende chocolates M&M e Sucrílios Kellog em outras campanhas publicitárias lincadas ao filme - guloseimas!!!!. Resta saber se os pequenos vão preferir a dieta á junk food. O terceiro filme do Shrek entrou em cartaz na última sexta nos EUA. É esperar para ver.


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